terça-feira, 3 de abril de 2012

Campeonato Universitário Pentatlo Moderno 2012 - Revisão

Depois de mais uma prova no passado domingo, e quando as dores musculares começam levemente a largar o corpo, chegou a hora de escrever algo sobre a experiência para que na próxima vez possa reler e mentalizar-me para novo desafio pentatletico.

Piscina olímpica do estádio universitário, 8h da manhã, e a sensação de ter o pequeno almoço a balouçar no estômago aquando das primeiras braçadas do aquecimento voltou a inundar-me o corpo. Engraçado voltar a sentir exactamente o mesmo de há tantos anos atrás quando o dia se limitava a 50m de natação e 1km de corrida. Tudo correu bem durante o aquecimento, o corpo deslizava, a técnica de natação estava no sítio e depois de um aperto na fita dos óculos vieram os 200m a sério.
Os primeiros 100m da prova foram relativamente fáceis mas o terror estava à distância de uma viragem. Sempre com os 3 minutos como objectivo, estava mentalizado para o facto de a 2ª parte da prova vir a custar o triplo da primeira, já que os ombros passaram a ser usados para transportar a mochila e os braços começaram rapidamente a pedir para parar com aquele massacre. Os últimos 50m então pareceram uma eternidade... As pernas batiam, os braços rodavam mas o corpo parecia estar parado. Chegado ao fim, depois de grande esforço e de recuperar o fôlego os 2 minutos e 56 segundos fizeram da natação uma missão cumprida.

Fazendo a transição para a esgrima, foi tal como esperava a parte mais fácil do dia. Apesar de muitos toques perdidos por falta de rapidez nas acções, a cabeça lia com facilidade os movimentos do adversário mas a velocidade com que os dedos, braço, pernas e resto do corpo se mexia de acordo com o pensado estava com um atraso monumental, simples falta de tempo na pista. Um ou outro bom toque sim, mas com muito toque fácil perdido por falta de coordenação cabeça-corpo. Resumindo, muita diversão e uma sensação de querer voltar rapidamente à pista e ouvir o "em guarda - prontos? - começar!"

Para finalizar o dia veio o combinado de tiro e corrida. Apesar de, tal como tenho ideia de já ter escrito antes, sentir falta do tiro de precisão para um alvo de 0 a 10 pontos, reconheço que o novo formato traz muitíssima mais animação para quem está de fora.
No tiro as séries de 5 alvos voltaram a ser, tal como no ano passado, feitas ao contrário ao que seria de esperar, ou seja, a mais lenta a primeira, a mais rápida a última. Razão? Nervoso, ansiedade, mentalização para atirar com o coração a 1000 à hora? Acho que não há razões.
As três voltas de 1km incluíam um pequeno troço de alcatrão, seguido de uma parte de relva e por fim tartan, tudo plano, o que ajudou a não agravar em demasia o tempo de corrida que deve ter rondado os 4'30 por quilómetro, não grande coisa para uma corrida de 3km mas que seria espectacular para corridas mais extensas.

Como é de notar os objectivos passavam maioritariamente por chegar ao fim de cada prova e consequentemente ao fim de um dia esgotante.
Agora há que aproveitar o embalo e treinar um pouco que o verão está ao virar da esquina.

Até à próxima