segunda-feira, 4 de abril de 2011

Campeonato Universitário Pentatlo Moderno 2011

Concluída mais uma prova de pentatlo - ou como não houve lugar ao hipismo - tetratlo, resta-me fazer uma revisão da performance.

Separemos mais uma vez as provas, para ser mais fácil a análise. Sigamos a sequência cronológica dos acontecimentos.
Na natação, depois de matar saudades da água durante o aquecimento a prova em si foi algo frustrante. Classifico-a como frustrante pois a sensação de nadar, vulgo "dar aos braços", sem conseguir sentir o corpo a andar para a frente é realmente frustrante. É certo que não posso pedir muito mais a um corpo desabituado do nadar mas com um tempo final bem em cima dos 3' minutos o tempo até nem foi mau de todo. Dezembro passado o tempo foi de 2'52 portanto parece-me que, desta vez, a piscina me pôs em cima mais 8 segundos, fazendo uma estimativa conservadora.

A esgrima foi claramente a prova onde me senti melhor. A uma vitória dos 50/50 o resultado foi consequência de (alguns) bons toques, outros nem por isso, mas onde senti que bem podia fazer mais uns quantos assaltos sem grande sofrimento. Isto também pelo tipo de esforço ser bastante diferente de correr ou nadar, muito mais técnico que um correr, por exemplo. Certo é que me fartei de divertir na pista, chegando ao fim com uma triste sensação de "já acabou?"

Por fim chegou o combinado tiro-corrida. Com um bocadinho de treino acumulado nas semanas anteriores à prova, fundamentalmente para minimizar os efeitos do esforço, não esperava contudo, que os 3km viessem a ser fáceis. Depois de na primeira série de tiro algo inexplicável ter acontecido à minha pontaria, isto é, 1'10 que não chegaram para fechar o último dos 5 alvos, parti para o primeiro quilómetro convicto de que se acabava de iniciar um longo esforço. Chegado à 2ª série de tiro com vontade de recuperar o tempo perdido, aqui sim tudo voltou a funcionar, tendo certamente demorado pouco mais que 30 segundos para fechar todos os alvos e regressar ao percurso. Sem que tenha sentido grande quebra no ritmo de corrida voltei para a última série de tiro onde apesar de ainda ter tido alguma dificuldade em fechar alguns dos alvos, longe fiquei dos 1'10 máximos que tive de cumprir na 1ª série de tiro. Para terminar mais uma volta ao percurso, sem conseguir alterar muito o ritmo (a falta de treino fez-se sentir), mas que a salva de palmas final de quem assistia, fizeram valer o esforço.

Valeu a pena participar, ainda para mais tendo sido o 1º Campeonato Universitário de Pentatlo Moderno. Foi acima de tudo bom matar saudades da competição, dos amigos, e recordar umas boas histórias que deverão manter-se no anonimato.

Agora há que dedicar algum tempo ao estudo, que a primeira fase de avaliações está aí ao virar da esquina. Depois porque não investir algum tempo em exercício físico?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Campeonato Universitário Pentatlo Moderno - Antevisão

Ao bom jeito de um qualquer programa de comentários/bitaites sobre as sucessivas jornadas do campeonato português de futebol, decidi, em jeito de antevisão, fazer uma reflexão sobre a preparação para a prova deste domingo, ou melhor dizendo, da falta dela.

Na verdade, ainda não foi desta vez que investi numa preparação cuidada para uma prova de pentatlo, independentemente do meu objectivo ser ou não a vitória. Aliás, desde que deixei o treino assíduo e a competição só voltei a treinar com algum afinco para a minha primeira Corrida dos Sinos (em 2009, ainda antes de abrir o blog). Aproveito, já agora, para referir que este ano a Corrida dos Sinos tem data coincidente com a do Universitário de Pentatlo, razão pela qual não vou poder participar.

Mas, já que se tratam de esforços diferentes, analisem-se as provas em separado.
Começando pela natação, esta será em piscina olímpica, a qual acrescenta um factor que até ao dia de hoje ainda não consegui entender, apesar de todos os quilómetros e (alguma) experiência que tenho de piscina. O que é facto é que sempre que nadei em piscinas de 50m havia sempre que contar com mais 6-7 segundos a mais que o tempo que seria normal fazer em piscinas de 25m. Escusado será dizer que isto acontecia durante os meus anos de treino, pelo que domingo é-me impossível prever quanto mais tempo terei que adicionar àquilo que suponho fazer. (A referência é o tempo da última prova, em piscina de 25m: 2'52'' - Dezembro 2010 - Troféu Marquês do Funchal)

A esgrima será, com certeza, onde mais facilmente se pode ganhar alguns pontos. Primeiro porque o esforço, apesar de ser bastante exigente ao nível técnico, é consideravelmente mais adequado a um atleta destreinado do que 200m de natação ou os assustadores 3km de corrida. Reconheço que a minha esgrima nunca foi das minhas grandes especialidades, mas com alguma calma e com, por assim dizer, "jeito" pode até correr bastante bem.

Por fim, no combinado tiro-corrida, a questão é ambígua. Se por um lado tenho bastantes saudades de dar uns tiros, por outro, os 3km assustam-me. Bem sei que não é nada de mais, comparando com minis/meias e maratonas completas, mas o treino não foi muito e, se me é permitida a comparação, na natação o esforço dura 3min (+/-), aqui é bem capaz de se estender por 12-13min, ou talvez mais. Pelo menos parece que, em termos meteorológicos, o calor que hoje esteve pela capital vai dar tréguas durante o fim de semana (agradeço aliás, a quem quer que mande no tempo, por esta pausa no calor, perfeitamente sincronizada com a prova deste fim de semana).

Mas independentemente disto tudo, a prova vai servir para, mais uma vez, matar saudades do Pentatlo e da competição (saudável), aliando a isto o facto de desta vez representar a minha faculdade, que sendo quem me tem albergado por dias afim nos passados 2 anos e meio, merece que a represente dignamente, usando as siglas da associação de estudantes: AEIST.

Encontro marcado para o rescaldo da prova.
Boa sorte.

(Este post, apesar de ser datado de 1 de Abril, não se inclui nas mentiras típicas deste dia)