Não houve lugar à prova de hipismo portanto não foi propriamente um Pentatlo. Ainda assim deu bem para matar saudades do nervoso de uma prova e da disputa saudável entre atletas.
Fazendo um resumo prova-a-prova de cada uma das disciplinas:
- Natação; 8h30 da manhã, piscina olímpica do EUL. Passados anos desde a última vez que o pentatlo usou esta piscina para uma prova oficial, se não me engano a última vez que lá nadei foi num controlo de treino algures durante os meus anos áureos (2006 ou 2007), as minhas primeiras braçadas deixaram-me imediatamente com a sensação de que a prova iria ser bem mais de que uma simples luta contra o relógio. Não estava enganado, numa série única que foi ganha com um tempo próximo dos 2'00 min, a minha luta travou-se fundamentalmente contra o corpo que sucumbia lentamente após cada braçada ao peso dos braços (e do rabo) que os vários meses sem nadar me ofereceram. Bem longe de conseguir um resultado próximo do de Abrantes no passado mês de Fevereiro, desta vez o tempo foi de 2'57.
- Combinado; Tendo em conta as condições da última prova já aqui imortalizada, estas foram bastante melhores, arriscando-me mesmo a afirmar que foi o melhor local para a realização de um Combinado que já vi em Portugal, e, certamente, digno de fazer inveja a muitas organizações por esse mundo fora (inclusivamente ao Egipto que organizou a última taça do mundo, onde o combinado foi montado ao ar livre e onde os atletas sofreram com a acção do forte vento que se fazia sentir - VÍDEO). Dito isto, penso que todos os atletas são unânimes em admitir que as condições eram excelentes, não só porque a carreira de tiro estava montada dentro de um pavilhão como o percurso de corrida foi desenhado dentro de uma pista de tartan, fazendo com que fosse extremamente fácil. Sendo esta, à partida a prova para a qual estaria melhor preparado, acabei por sentir algumas dificuldades no último quilómetro do percurso, fruto talvez das paragens para as séries de tiro, onde, mais uma vez provei que quem sabe atirar nunca esquece, conseguindo fazer séries muito idênticas, com, salvo erro, 4 tiros falhados no total. Tempo final de 14'40, dando talvez uns 12'00 reais (+/-), após subtracção do tempo gasto nas séries de tiro.
- Esgrima; Mais uma vez recorrendo a lições quase inexistentes ao longo da minha carreira de Pentatlo e a algumas invenções de toques de última hora, acabei por sentir a falta de tocar na espada e de prática. 8 vitórias em 22 foi um resultado francamente mau, tendo perdido assaltos por não saber o que fazer a um atirador que mal sabe o que é uma espada. Com contras de 6ª e 4ª onde usava o cotovelo invés do pulso, o resultado não podia ser melhor está claro, tendo sentido também o peso nas pernas de já ter feito os 200m de natação e os 3km de corrida.
- Talvez com 45min de natação por semana o resultado tivesse sido bem melhor. Comparando com o resultado de Abrantes, apesar de na altura a piscina ter sido de 25m, desta vez senti-me muito pior, nem sequer tendo sentido forças para aplicar um maior ritmo nos primeiros 50 - 100m.
- As instalações onde o combinado foi montado foram as melhores que já vi em Portugal, havendo inclusivamente espaço, caso houvesse material suficiente, para montar 36 ou mais linhas em paralelo. Acho que, sem qualquer dúvida, a federação devia fazer o esforço institucional/monetário para proporcionar aos seus atletas, nas suas provas oficias, aquelas instalações.
- Tenho saudades do tiro à moda antiga. A carreira de tiro silenciosa, o nervoso miudinho, a sensação de tudo perdido quando se manda um 2 ou um 3... a ciência do tiro.
- O espírito que se viveu nesta prova foi espectacular. Talvez por ser um campeonato universitário, onde muito mais que defender o nosso clube defendemos a nossa faculdade.
Continuam os treinos para dia 11 de Abril, onde, aí sim, o desafio é enorme.
E como, se bem me lembro, ainda não foi divulgado, o objectivo para este ano é a 1h05min.
Saudações académicas.