O título é de um original dos Green Day. Mas seria éticamente incorrecto colocar o título original da música que se segue. (independentemente de eu não me importar minimamente com isso)
Um bom Blues Rock que tem de ser imortalizado aqui no blog.
Banda sonora oficial da semana de estudo que está pela frente. Pode ser que ajude a cimentar os meus conhecimentos sobre ambiente económico, gestão estratégica, marketing e publicidade, informação financeira, avaliação de projectos de investimento e recursos humanos.
Boa malha!
Anyway, vi um bom filme hoje a tarde: The Dish. A ver se dentro de 15 dias aqui deixo uma reflexão mais extensa sobre o filme.
Às tantas ainda me aparecem aqui qualquer dia uma centena de críticos de cinema a criticar todas as minhas preferências cinematográficas, mas não quero saber.
Dia 12 de Fevereiro começam os Jogos Olímpicos de Inverno. Vancouver, Canada. GMT -8. Avizinham-se umas boas férias entre semestres.
Um abraço.
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Half-Time
Ora, a meio caminho de terminar a época de exames, faltam 2, mas apesar de o de 5ª ainda ser uma icógnita derivado da situção de ter 7 fantásticos powerpoints, com uma média de 35 slides cada, para, permitam-me a expressão, encornar, aquele com que mais me preocupava foi hoje, e foi bem.
Sim, a velinha já está acesa. Tal como em Programação à cerca de um ano atrás, vou esperar que o facto de escrever a expressão inicial com a qual se calcula o pretendido me seja cotada com dignidade. (OK, também não correu assim tão mal.).
Mas falemos de coisas bem melhores. Até porque temos de desanuviar um bocadinho da vida escolar, e de tudo a que a ela está associada.
Aqui há um mês atrás, andava eu na minha prospecção blogosférica, dei com isto: LINK
Isto meus amigos, é tudo o que eu sempre achei desde o momento em que vi que esta porcaria de spot publicitário se estava a massificar. Mas a massificar como quem massifica mesmo!
Caramba, é na rádio, é na TV, apesar de não ir ao cinema faz tempo, também já devem ter comprado o espaço daquele momento em que dizem que não se pode fumar (ou aquele da Nespresso, do Clooney). Já só falta contratarem os senhores que distribuem os panfletos dos Prof. Karamba, Fofana, Shulolala, Kuxupupu, et cetera (Caramba, esta assentou aqui mesmo bem. O uso de expressões latinas, não, não as vindas do Zézé Camarinha, é algo que me fascina verdadeiramente), à entrada do Metro.
Epá, já agora, e isto acaba com toda a minha possível pretensão de trabalhar num qualquer supermercado da cadeia, façam publicidade também à entrada dos outros supermercados. Só para animar a concorrência... Digo eu.
Mas para rematar ficam duas perguntas: quem terá sido o director de marketing que idealizou isto? Quem foi a pessoa doente que decidiu partir para a publicidade em forma de lavagem cerebral? E quantos milhões não se gastaram já nesta porcaria? Acredito que comprar espaços publicitários nos intervalos de jogos de futebol e telejornais não sejam coisas baratas.
O que é certo é que toda a gente sabe da existência do Pingo Doce. E eu preferia não saber sequer o que é o BRIX ou conhecer o Sr. António Melo da Sousa e Silva.
Bem, mas agora que toda a reputação que este blog vinha a ganhar foi apagada pela referência a Zézé Camarinha, vou dedicar-me à reflexão e introspecção.
Vou aprender umas coisas com o Michael Scott da Dunder Mifflin Scranton, PA.
Pode ser que me inspire a bitaitar durante o exame...
Sim, a velinha já está acesa. Tal como em Programação à cerca de um ano atrás, vou esperar que o facto de escrever a expressão inicial com a qual se calcula o pretendido me seja cotada com dignidade. (OK, também não correu assim tão mal.).
Mas falemos de coisas bem melhores. Até porque temos de desanuviar um bocadinho da vida escolar, e de tudo a que a ela está associada.
Aqui há um mês atrás, andava eu na minha prospecção blogosférica, dei com isto: LINK
Isto meus amigos, é tudo o que eu sempre achei desde o momento em que vi que esta porcaria de spot publicitário se estava a massificar. Mas a massificar como quem massifica mesmo!
Caramba, é na rádio, é na TV, apesar de não ir ao cinema faz tempo, também já devem ter comprado o espaço daquele momento em que dizem que não se pode fumar (ou aquele da Nespresso, do Clooney). Já só falta contratarem os senhores que distribuem os panfletos dos Prof. Karamba, Fofana, Shulolala, Kuxupupu, et cetera (Caramba, esta assentou aqui mesmo bem. O uso de expressões latinas, não, não as vindas do Zézé Camarinha, é algo que me fascina verdadeiramente), à entrada do Metro.
Epá, já agora, e isto acaba com toda a minha possível pretensão de trabalhar num qualquer supermercado da cadeia, façam publicidade também à entrada dos outros supermercados. Só para animar a concorrência... Digo eu.
Mas para rematar ficam duas perguntas: quem terá sido o director de marketing que idealizou isto? Quem foi a pessoa doente que decidiu partir para a publicidade em forma de lavagem cerebral? E quantos milhões não se gastaram já nesta porcaria? Acredito que comprar espaços publicitários nos intervalos de jogos de futebol e telejornais não sejam coisas baratas.
O que é certo é que toda a gente sabe da existência do Pingo Doce. E eu preferia não saber sequer o que é o BRIX ou conhecer o Sr. António Melo da Sousa e Silva.
Bem, mas agora que toda a reputação que este blog vinha a ganhar foi apagada pela referência a Zézé Camarinha, vou dedicar-me à reflexão e introspecção.
Vou aprender umas coisas com o Michael Scott da Dunder Mifflin Scranton, PA.
Pode ser que me inspire a bitaitar durante o exame...
sábado, 16 de janeiro de 2010
Call Now!
Visto ter prometido a mim mesmo uma moderação nos festejos de passagem a cadeiras, por solidariedade com os colegas que infelizmente não obtiveram resultados suficientes para estarem aprovados ( há um ano atrás era eu que estava nessa situação, portanto... ), não me vou alongar quanto ao que está para trás.
Que fique registado que a minha velinha acende-se agora em sua honra.
Assim sendo, depois de uma primeira maratona de ACir que culminou hoje com o 1º exame (que talvez se fique por um 5 a 8), a mesma se repetirá, a partir de dia 28, ainda que nessa altura venha a ser claramente mais suave por já ter percebido como ACir é "relativamente fácil". Uns pequenos retoques aqui e ali ao longo da matéria, umas afinações nos resumos para estudo, umas simplificações de algoritmos e isto aliado a uma forte equipa que se irá montar durante o 2º exame, terá de me garantir a passagem à cadeira. Custe o que custar!
Mas agora, cumprido o período de repouso físico-psicológico (cumprem-se, na verdade, as últimas horas), é hora de iniciar novo período de esforço.
EO, 6ª feira. Sendo a única oportunidade de passar este semestre à cadeira (depois de um 1º teste do qual me envergonho e de um 2º teste previamente chumbado), avizinha-se uma semana bem para lá do difícil.
Mas tem de ser. E 6ª há que tentar!
Portanto, fica um "Até 6ª". Ainda que se houver algo digno de destaque será postado, as atenções e concentração estarão centradas no Electromagnetismo.
Esperam-se longas horas de volta de integrais e de manipulação de variáveis. "Brincar com letras", como os Sres. Profs. Drs. Eng. gostam de lhe chamar.
E a velinha já está acesa. A ela se juntarão as minhas preces. Com frequência crescente à medida que o tempo para o exame for diminuindo.
Enviem o vosso contributo: +808-DIA-22-PASSA-A-EO
Obrigado.
Que fique registado que a minha velinha acende-se agora em sua honra.
Assim sendo, depois de uma primeira maratona de ACir que culminou hoje com o 1º exame (que talvez se fique por um 5 a 8), a mesma se repetirá, a partir de dia 28, ainda que nessa altura venha a ser claramente mais suave por já ter percebido como ACir é "relativamente fácil". Uns pequenos retoques aqui e ali ao longo da matéria, umas afinações nos resumos para estudo, umas simplificações de algoritmos e isto aliado a uma forte equipa que se irá montar durante o 2º exame, terá de me garantir a passagem à cadeira. Custe o que custar!
Mas agora, cumprido o período de repouso físico-psicológico (cumprem-se, na verdade, as últimas horas), é hora de iniciar novo período de esforço.
EO, 6ª feira. Sendo a única oportunidade de passar este semestre à cadeira (depois de um 1º teste do qual me envergonho e de um 2º teste previamente chumbado), avizinha-se uma semana bem para lá do difícil.
Mas tem de ser. E 6ª há que tentar!
Portanto, fica um "Até 6ª". Ainda que se houver algo digno de destaque será postado, as atenções e concentração estarão centradas no Electromagnetismo.
Esperam-se longas horas de volta de integrais e de manipulação de variáveis. "Brincar com letras", como os Sres. Profs. Drs. Eng. gostam de lhe chamar.
E a velinha já está acesa. A ela se juntarão as minhas preces. Com frequência crescente à medida que o tempo para o exame for diminuindo.
Enviem o vosso contributo: +808-DIA-22-PASSA-A-EO
Obrigado.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
As semanas...
Depois de ter erguido altar em honra à Santa CDI, decidi passar aqui para escrever um pouco.
Não que tenha muito de interessante para dizer, ou tão pouco algo para contar... simplesmente me apetece escrever uns bitaites.
Sábado há exame de ACir. O primeiro. Será que saber KVL's e KCL's conjugadas com umas noções básicas de complexos me servem para um mísero 10? Então e os diagramas de Bode?... Hmmm, talvez só dê para um 9.5.
Já fiz 2 testes. Se no de EO ia já derrotado, para CDI estou a rezar a todos os santinhos por um 6, que me daria mais um 10 na nota final da cadeira. (whatever... dá-me uns preciosos 7.5ECTS para o cúrriculo e abre ACED (que abre ET, quando conjugado com EO, (que abre FEE) e SS e FTel).
Fora a demonstração do meu vasto conhecimento do plano curricular do meu curso, que não interessa a ninguém, aproximam-se as semanas mais difíceis da época de exames deste semestre. Agora ACir, depois EO, depois Ges, depois Qui (talvez me safe deste, depende de outra velinha que arde desde dia 19/12) e finalmente ACir outra vez... (endless)
E agora que passaram 15min desde que comecei a escrever, começo a fartar-me de escrever.
Tempo, tempo, tempo. Falta tempo!
Se calhar, se o dia tivesse mais horas, pediria mais. Desperdiçaria mais certamente! O nosso espírito procrastinador consegue nestes dias em que tentamos estudar para exames em casa arrebatar-nos todo o tempo que temos.
De manhã dormimos até tarde. Depois vemos televisão até ao almoço porque à tarde é que conseguimos estudar. À tarde é que vamos estudar, aprender tudo, chegar as 7 da tarde e pensar "Caramba! Hoje aprendi tanta coisa. Estou mesmo feliz comigo mesmo por ter conseguido estudar tanto."
No fim, acabamos às 21h30 da noite a começar o que já devia ter começado 12 horas antes.
Pff.. Amanhã vou meter-me a caminho de Lisboa para poder aproveitar de vez o dia e estudar como deve ser. O ambiente trabalhador de Lisboa faz-me trabalhar. Faz-me querer trabalhar.
Em casa é quente e confortável. Há televisão, comida em abundância, internet a debitar The Office 24 horas por dia... Claramente o habitat natural da espécie humana que faz tudo o que existe entre o pouco e o nada.
E tenho de começar a correr! Caramba, até parece que sinto o colesterol a obstruir-me as artérias no coração. A pesar-me nos braços. Sinto-me balofo!
E amanhã quero muito um dia calmo.
Como todos os outros.
Para poder bitaitar.
Não que tenha muito de interessante para dizer, ou tão pouco algo para contar... simplesmente me apetece escrever uns bitaites.
Sábado há exame de ACir. O primeiro. Será que saber KVL's e KCL's conjugadas com umas noções básicas de complexos me servem para um mísero 10? Então e os diagramas de Bode?... Hmmm, talvez só dê para um 9.5.
Já fiz 2 testes. Se no de EO ia já derrotado, para CDI estou a rezar a todos os santinhos por um 6, que me daria mais um 10 na nota final da cadeira. (whatever... dá-me uns preciosos 7.5ECTS para o cúrriculo e abre ACED (que abre ET, quando conjugado com EO, (que abre FEE) e SS e FTel).
Fora a demonstração do meu vasto conhecimento do plano curricular do meu curso, que não interessa a ninguém, aproximam-se as semanas mais difíceis da época de exames deste semestre. Agora ACir, depois EO, depois Ges, depois Qui (talvez me safe deste, depende de outra velinha que arde desde dia 19/12) e finalmente ACir outra vez... (endless)
E agora que passaram 15min desde que comecei a escrever, começo a fartar-me de escrever.
Tempo, tempo, tempo. Falta tempo!
Se calhar, se o dia tivesse mais horas, pediria mais. Desperdiçaria mais certamente! O nosso espírito procrastinador consegue nestes dias em que tentamos estudar para exames em casa arrebatar-nos todo o tempo que temos.
De manhã dormimos até tarde. Depois vemos televisão até ao almoço porque à tarde é que conseguimos estudar. À tarde é que vamos estudar, aprender tudo, chegar as 7 da tarde e pensar "Caramba! Hoje aprendi tanta coisa. Estou mesmo feliz comigo mesmo por ter conseguido estudar tanto."
No fim, acabamos às 21h30 da noite a começar o que já devia ter começado 12 horas antes.
Pff.. Amanhã vou meter-me a caminho de Lisboa para poder aproveitar de vez o dia e estudar como deve ser. O ambiente trabalhador de Lisboa faz-me trabalhar. Faz-me querer trabalhar.
Em casa é quente e confortável. Há televisão, comida em abundância, internet a debitar The Office 24 horas por dia... Claramente o habitat natural da espécie humana que faz tudo o que existe entre o pouco e o nada.
E tenho de começar a correr! Caramba, até parece que sinto o colesterol a obstruir-me as artérias no coração. A pesar-me nos braços. Sinto-me balofo!
E amanhã quero muito um dia calmo.
Como todos os outros.
Para poder bitaitar.
sábado, 9 de janeiro de 2010
De mãos geladas
Epá, está frio porra! Quero uma lareira. Estou a experimentar a 3ª maneira de tentar aquecer o quarto e acho que é desta que rebento com a instalação eléctrica.
Amanhã é capaz que neve. Apetece-me voltar a 2006.
Amanhã é capaz que neve. Apetece-me voltar a 2006.
E como sou um rapaz que estuda nos computadores, e como dizem que é um emprego com saída:
Um abraço deste que tanto vos quer.
Sou capaz de vir aqui lá pa 2ª.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Into The Wild
Primeiro, milagres não existem. No mínimo, são raros.
Aproveitando o facto de antes de 2ª feira o stress de estudo ser só relativo, retirei um bocado de tempo ao meu estudo e decidi de vez escrever este post já pendente desde o ano passado.
No início das férias de Natal, depois de arrumar a mochila num canto do quarto, iniciei uma maratona cinematográfica: South Park - Longer & Uncut, The Proposal, Memphis Belle, Good Morning Vietnam, Full Metal Jacket, Taking Woodstock, Cidade de Deus.
Em geral, todos bons filmes. Uns mais parvos, outros em que se aprende qualquer coisa, um de bonecada estúpida mas engraçada, uns mais espectaculares, outros com um argumento "fácil".
Mas de todos, um deles destacou-se. Into The Wild (O Lado Selvagem), de Sean Penn (lançado em 2007) é baseado no livro homónimo de Jon Krakauer (que li após ver o filme) e retrata a história verídica de um jovem que, no ano de 1990, após acabar o seu curso na Universidade de Emory (citando a Wikipedia, sobre a Universidade de Emory: "(...) a U.S. News & World Report classificou o programa de graduação (undergraduate/licenciatura) em 17º entre universidades americanas, enquanto que a classificação das faculdades de direito, medicina e de economia da mesma universidade figuram entre as 25 melhores do país. Foi também classificada no Top 10 dos melhores locais para trabalhar.") com excelentes resultados, para além de pertencer à equipa de corta-mato da universidade, parte em direcção ao Alasca, deixando para trás toda a sua vida. No caminho (que não foi directo) com destino à "última fronteira" vai conhecendo várias pessoas e passando por diversas situações que vão moldando o seu ser e dando sentido à sua busca pela vastidão da natureza.
Jon Krakauer, colaborador da revista Outside escreveu um artigo sobre este caso em Janeiro de 1993 (o artigo, que penso ser o original, pode ser encontrado aqui) e, como estava limitado a um artigo de revista decidiu publicar este livro.
Resumir o filme é uma tarefa árdua. Não sei se por ter ficado demasiado "viciado" (viciado no sentido de querer saber mais) na história, se por adquirir uma grande admiração pelo feito de Chris, é-me complicado fazer um resumo de toda a história.
Resumir o livro, árduo é. Apesar de não ter conseguido a versão original (entrou directamente para 1º da wishlist) é bem mais fértil em detalhes, ainda que, de certo modo, possa ser considerado como um relato fidedigno do êxodo de McCandless.
Inventar uma nova vida não é tarefa fácil. Se em 1990 não seria, hoje muito menos, acredito eu. Estamos tão dependentes dos confortos de uma casa, dos amigos, do dia-a-dia, da rotina, da TV, da Internet, da música, do computador, etc etc.
O problema pode estar nas motivações. Mas não nas motivações para ter vontade de, nas motivações do fazer. Falta de motivação é o que não falta a um qualquer indivíduo que tem vontade de se alhear das suas obrigações perante tudo.
Agora, partir à descoberta do desconhecido, praticamente sem dinheiro, com o que se leva às costas, viajando à boleia, suplantando as dificuldades causadas pelo clima, pela própria viagem...
Longe de considerar Chris um herói, considero-o um exemplo de aventureiro. Um modelo de emancipação e revolta face ao comum e rotineiro, às superfulidades da civilização, da sociedade.
Todos gostamos das nossas viagens, e é aqui que, para mim Chris é rei. Na sua vontade de viajar, de conhecer o desconhecido, de viver e sobreviver sozinho. Apesar de ser ajudado, nomeadamente refugiando-se na boa vontade das pessoas que lhe vão dando boleia, para comer, Chris é, a meu ver (ver de outro jovem de 18 anos), um jovem que procura a sua independência, servindo-se da irreverência e inocência da juventude para desculpar as suas ideias fixas.
No entanto, e pondo de parte todas as vicicitudes da viagem, Chris é acima de tudo alguém extremamente culto. Acredito que fosse alguém extremamente cativante (salvo erro, o livro descreve-o exactamente como tal), capaz de contagiar as pessoas com quem se dava com a sua vontade imensa de procurar o seu verdadeiro eu.
Esquecendo as desventuras (devaneios, bitaites) poéticas de Fernando Pessoa (que para mim não eram mais que resultado de umas boas garrafas de whiskey), que tão alegremente somos obrigados a ler no 12º ano (sem dúvida uma cativação para a leitura dos nossos programas escolares), que agora de repende foram puxados aqui para imagem central das minhas ideias, depois da frase onde é dito que se procura o verdadeiro eu, e deixando-me de fait-divers, Chris é influenciado por obras de Jack London, Tolstoi e Thoreau. Baseando-me no livro, Krakauer fala de todos estes senhores como ideologistas, teóricos, que muito escreveram mas que na prática pouco se podia levar à letra, pois eles próprios muitas vezes não praticavam aquilo que diziam. Mas onde é que eu quero chegar? Chris McCandless foi vítima de uma verdadeira junção de factores que levaram ao fatal destino. Acreditar demasiado, deixar-se levar demasiado pelo que lê, acreditar cegamente que se consegue sobreviver no interior do nada com o pouco que se leva às costas.
Etc etc etc... Podiam-se aqui discutir n situações pela qual Chris passou e que, de certa forma, me marcaram.
Opá, e não esquecer a banda sonora! Eddie Vedder compôs uma obra prima para acompanhar este filme!
Concluindo, fica a recomendação para que não só vejam o filme como para que leiam esta obra, façam-no de espírito aberto. Penso ser importante recolher todas as opiniões que possam ser encontradas (mais comuns ao longo do livro) e formular a nossa própria. Acima de tudo é importante, ainda que só por um bocadinho, envolvermo-nos com a aventura, deixarmo-nos perder na imensidão do vazio que Chris encontrou, e pensar: "Será que não é assim que sou feliz?" (será que assim também não sou feliz?)
E agora, também eu vou partir into the wild, no meio universitário conhecido como época de exames.
P.S.: Não consegui transmitir por palavras uma boa parte daquilo em que o filme e o livro me fizeram pensar e idealizar. Cada frase de Chris pode ter n interpretações, cada transcricão de livros pode ser entendida de maneira diferente.. O melhor é mesmo comprar e pensar.
Aproveitando o facto de antes de 2ª feira o stress de estudo ser só relativo, retirei um bocado de tempo ao meu estudo e decidi de vez escrever este post já pendente desde o ano passado.
No início das férias de Natal, depois de arrumar a mochila num canto do quarto, iniciei uma maratona cinematográfica: South Park - Longer & Uncut, The Proposal, Memphis Belle, Good Morning Vietnam, Full Metal Jacket, Taking Woodstock, Cidade de Deus.
Em geral, todos bons filmes. Uns mais parvos, outros em que se aprende qualquer coisa, um de bonecada estúpida mas engraçada, uns mais espectaculares, outros com um argumento "fácil".
Mas de todos, um deles destacou-se. Into The Wild (O Lado Selvagem), de Sean Penn (lançado em 2007) é baseado no livro homónimo de Jon Krakauer (que li após ver o filme) e retrata a história verídica de um jovem que, no ano de 1990, após acabar o seu curso na Universidade de Emory (citando a Wikipedia, sobre a Universidade de Emory: "(...) a U.S. News & World Report classificou o programa de graduação (undergraduate/licenciatura) em 17º entre universidades americanas, enquanto que a classificação das faculdades de direito, medicina e de economia da mesma universidade figuram entre as 25 melhores do país. Foi também classificada no Top 10 dos melhores locais para trabalhar.") com excelentes resultados, para além de pertencer à equipa de corta-mato da universidade, parte em direcção ao Alasca, deixando para trás toda a sua vida. No caminho (que não foi directo) com destino à "última fronteira" vai conhecendo várias pessoas e passando por diversas situações que vão moldando o seu ser e dando sentido à sua busca pela vastidão da natureza.
Jon Krakauer, colaborador da revista Outside escreveu um artigo sobre este caso em Janeiro de 1993 (o artigo, que penso ser o original, pode ser encontrado aqui) e, como estava limitado a um artigo de revista decidiu publicar este livro.
Resumir o filme é uma tarefa árdua. Não sei se por ter ficado demasiado "viciado" (viciado no sentido de querer saber mais) na história, se por adquirir uma grande admiração pelo feito de Chris, é-me complicado fazer um resumo de toda a história.
Resumir o livro, árduo é. Apesar de não ter conseguido a versão original (entrou directamente para 1º da wishlist) é bem mais fértil em detalhes, ainda que, de certo modo, possa ser considerado como um relato fidedigno do êxodo de McCandless.
Inventar uma nova vida não é tarefa fácil. Se em 1990 não seria, hoje muito menos, acredito eu. Estamos tão dependentes dos confortos de uma casa, dos amigos, do dia-a-dia, da rotina, da TV, da Internet, da música, do computador, etc etc.
O problema pode estar nas motivações. Mas não nas motivações para ter vontade de, nas motivações do fazer. Falta de motivação é o que não falta a um qualquer indivíduo que tem vontade de se alhear das suas obrigações perante tudo.
Agora, partir à descoberta do desconhecido, praticamente sem dinheiro, com o que se leva às costas, viajando à boleia, suplantando as dificuldades causadas pelo clima, pela própria viagem...
"So many people live within unhappy circumstances and yet will not take the initiative to change their situation because they are conditioned to a life of security, conformity, and conservatism, all of which may appear to give one peace of mind, but in reality nothing is more dangerous to the adventurous spirit within a man than a secure future. The very basic core of a man's living spirit is his passion for adventure. The joy of life comes from our encounters with new experiences, and hence there is no greater joy than to have an endlessly changing horizon, for each day to have a new and different sun."
Chris McCandless
Longe de considerar Chris um herói, considero-o um exemplo de aventureiro. Um modelo de emancipação e revolta face ao comum e rotineiro, às superfulidades da civilização, da sociedade.
Todos gostamos das nossas viagens, e é aqui que, para mim Chris é rei. Na sua vontade de viajar, de conhecer o desconhecido, de viver e sobreviver sozinho. Apesar de ser ajudado, nomeadamente refugiando-se na boa vontade das pessoas que lhe vão dando boleia, para comer, Chris é, a meu ver (ver de outro jovem de 18 anos), um jovem que procura a sua independência, servindo-se da irreverência e inocência da juventude para desculpar as suas ideias fixas.
No entanto, e pondo de parte todas as vicicitudes da viagem, Chris é acima de tudo alguém extremamente culto. Acredito que fosse alguém extremamente cativante (salvo erro, o livro descreve-o exactamente como tal), capaz de contagiar as pessoas com quem se dava com a sua vontade imensa de procurar o seu verdadeiro eu.
Esquecendo as desventuras (devaneios, bitaites) poéticas de Fernando Pessoa (que para mim não eram mais que resultado de umas boas garrafas de whiskey), que tão alegremente somos obrigados a ler no 12º ano (sem dúvida uma cativação para a leitura dos nossos programas escolares), que agora de repende foram puxados aqui para imagem central das minhas ideias, depois da frase onde é dito que se procura o verdadeiro eu, e deixando-me de fait-divers, Chris é influenciado por obras de Jack London, Tolstoi e Thoreau. Baseando-me no livro, Krakauer fala de todos estes senhores como ideologistas, teóricos, que muito escreveram mas que na prática pouco se podia levar à letra, pois eles próprios muitas vezes não praticavam aquilo que diziam. Mas onde é que eu quero chegar? Chris McCandless foi vítima de uma verdadeira junção de factores que levaram ao fatal destino. Acreditar demasiado, deixar-se levar demasiado pelo que lê, acreditar cegamente que se consegue sobreviver no interior do nada com o pouco que se leva às costas.
Etc etc etc... Podiam-se aqui discutir n situações pela qual Chris passou e que, de certa forma, me marcaram.
Opá, e não esquecer a banda sonora! Eddie Vedder compôs uma obra prima para acompanhar este filme!
Concluindo, fica a recomendação para que não só vejam o filme como para que leiam esta obra, façam-no de espírito aberto. Penso ser importante recolher todas as opiniões que possam ser encontradas (mais comuns ao longo do livro) e formular a nossa própria. Acima de tudo é importante, ainda que só por um bocadinho, envolvermo-nos com a aventura, deixarmo-nos perder na imensidão do vazio que Chris encontrou, e pensar: "Será que não é assim que sou feliz?" (será que assim também não sou feliz?)
"Two years he walks the earth. No phone, no pool, no pets, no cigarettes. Ultimate freedom. An extremist. An aesthetic voyager whose home is the road. Escaped from Atlanta. Though he shall not return, 'cause the West is the best'. And now after two rambling years comes the final and greatest adventure. The climactic battle to kill the false being within and victoriously conclude the spiritual pilgrimage. Ten days and nights of freight trains and hitchhiking bring him to the Great White North. No longer to be poisoned by civilization he flees, and walks alone upon the land to become lost, in the wild."
Alexander Supertramp - May 1992
E agora, também eu vou partir into the wild, no meio universitário conhecido como época de exames.
P.S.: Não consegui transmitir por palavras uma boa parte daquilo em que o filme e o livro me fizeram pensar e idealizar. Cada frase de Chris pode ter n interpretações, cada transcricão de livros pode ser entendida de maneira diferente.. O melhor é mesmo comprar e pensar.
Precisa-se
Um milagre! Relativamente grande. Para amanhã. Às 10h. 2º teste de EO.
No mínimo ficam as coisas alinhavadas para mais tarde recordar.
Hoje ouvi bons bitaites na TV. 4 bons bitaites sobre as razões que levaram ao aparecimento de um montão de polvos numa praia perto de Gaia. Já não me lembro bem, não sou capaz de os citar, mas estavam ali 4 "engenheiros" a bitaitar como gente grande.
Aprendi algo que me veio ajudar na proposta da mudança da data do Natal. A ver se arranjo tempo um dia destes para investigar um pouco mais sobre isto. (aqui fica uma prova de que como, de vez em quando, um bom bitaite até pode ser verdade).
E é tudo que amanhã tenho de levantar cedo.
No mínimo ficam as coisas alinhavadas para mais tarde recordar.
Hoje ouvi bons bitaites na TV. 4 bons bitaites sobre as razões que levaram ao aparecimento de um montão de polvos numa praia perto de Gaia. Já não me lembro bem, não sou capaz de os citar, mas estavam ali 4 "engenheiros" a bitaitar como gente grande.
Aprendi algo que me veio ajudar na proposta da mudança da data do Natal. A ver se arranjo tempo um dia destes para investigar um pouco mais sobre isto. (aqui fica uma prova de que como, de vez em quando, um bom bitaite até pode ser verdade).
E é tudo que amanhã tenho de levantar cedo.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Transição Festas-Exames
Antes de me alongar, um bom ano!
Não, este blog não é apenas um projecto de fim-de-ano, tão pouco uma resolução de ano novo. O blog mantém-se de pé, e é para continuar!
A passagem de ano foi, tal como se avizinhava, uma noite de diversão a 110%. É bom saber que existe alguém fora de casa que nos sabe acolher como sua família (nem que seja como um primo daqueles muito afastados). Melhor ainda conhecer pessoas que sabem partilhar a alegria de se divertirem em conjunto, como um grupo, como uma pequena família. Únicos!
Em 4 dias de novo ano, ainda há pouco para contar. Não acredito em sinais de bom ano, ou indicativos de um ano de azar, apesar de ser um pouco supersticioso (vestígios da intensa actividade desportiva a que estive sujeito. Bons anos esses!).
Só quero saúde e ter aquela sensação: "Menos uma cadeira para fazer! Faltam ..."
Pensamento do dia: "Happiness is only real when shared" - Chris McCandless a.k.a. Alexander Supertramp (resume-me os dias 31 DEZ e 1 JAN)
(uma longa análise à obra Into The Wild de Jon Krakauer está prometida desde o ano passado. Desenvolvimentos em breve)
Vem aí a época de 2º testes/exames. Esperam-se dificuldades, desejam-se alegrias.
P.S.: Quero muito um 7 no 3º teste de Química. Esqueci-me de referir isto nos desejos para o ano novo.
Não, este blog não é apenas um projecto de fim-de-ano, tão pouco uma resolução de ano novo. O blog mantém-se de pé, e é para continuar!
A passagem de ano foi, tal como se avizinhava, uma noite de diversão a 110%. É bom saber que existe alguém fora de casa que nos sabe acolher como sua família (nem que seja como um primo daqueles muito afastados). Melhor ainda conhecer pessoas que sabem partilhar a alegria de se divertirem em conjunto, como um grupo, como uma pequena família. Únicos!
Em 4 dias de novo ano, ainda há pouco para contar. Não acredito em sinais de bom ano, ou indicativos de um ano de azar, apesar de ser um pouco supersticioso (vestígios da intensa actividade desportiva a que estive sujeito. Bons anos esses!).
Só quero saúde e ter aquela sensação: "Menos uma cadeira para fazer! Faltam ..."
Pensamento do dia: "Happiness is only real when shared" - Chris McCandless a.k.a. Alexander Supertramp (resume-me os dias 31 DEZ e 1 JAN)
(uma longa análise à obra Into The Wild de Jon Krakauer está prometida desde o ano passado. Desenvolvimentos em breve)
Vem aí a época de 2º testes/exames. Esperam-se dificuldades, desejam-se alegrias.
P.S.: Quero muito um 7 no 3º teste de Química. Esqueci-me de referir isto nos desejos para o ano novo.
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